domingo, 16 de março de 2014

Trintão Maduro

TRINTÃO MADURO
Frederico Araújo Rodrigues*

Quando és “imaturo”
Sempre se escuta
O bom e querido Coração
Age-se conforme a emoção,
Fazem-se loucuras e travessuras
Que não agrada a razão e,
Sem pensar no Futuro

Aos vinte anos,
O Homem pensa e age
Como um menino
É a fase da Faculdade,
O primeiro carro ou moto,
As garotas são o alvo nas festas,
Muitas viagens e passeios

O “cara” desinibido
É astuto e faceiro
Sempre agita as meninas
Que o denominam “Exibido”
Em algum devaneio

O “cara” de vinte poucos anos apaixonado
Fica bobo, bobão, desligado.
Acha-se o tal e não escuta conselhos
Mesmo quando está errado

Na medida em que os dias passam
A Mãe do “Cara” percebe
Que ele está no lugar errado
Ela tenta abrir os olhos dele
E conversa com ele inúmeras vezes
Sobre a questão,
Mas, o “cara” apenas escuta o coração.

Quando o “Cara” leva um chute
Durante um bom tempo
Ele fica atordoado e pensativo
Agindo novamente como um “menino”

Ao cair em sã consciência,
Esse “Cara” percebe os seus erros,
Dá o braço a torcer a pessoa que,
Em todos os momentos, felizes e tristes,
Sempre esteve ao seu lado e lhe abriu os olhos:
A Mãe do “Cara”, sua amiga verdadeira.

Na fase dos Trinta
O “Cara” mais “maduro”
Houve mudanças nas atitudes
Passou a agir com a razão,
Pouco escuta o coração,
Tem receio do novo,
Não deseja apaixonar novamente
Apenas quer amar intensamente

Nessa fase de “meio dia para tarde”
O “Cara” precisa se estabilizar
Conquistar o que ainda não possui
Busca-se a realização concreta

Muitos “Caras” na fase dos trinta
Conseguem quase tudo que
Não conseguiram durante a fase dos vinte
A Fé e Esperança, sempre lhe acompanha.

Sua grande amiga, a mãe do “Cara”,
Continua lhe acompanhando e aconselhando
A vida continua, a luta é árdua, mas,
Somente para quem é mole

Que a vida é dura

*Geógrafo, Geomensor, Especialista em Análise Ambiental e Geoprocessamento