quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Mapas Temáticos


Mapas Temáticos

Os mapas temáticos são representações gráficas da superfície terrestre ilustradas de acordo com algum critério preestabelecido. Para designar os diferentes aspectos do espaço geográfico, utilizam-se as legendas e os símbolos a elas correspondentes para espacializar determinados fenômenos.

Mais do que apenas realizar descrições espaciais sobre determinadas atividades ou fenômenos naturais, os mapas temáticos também possuem o mérito de apresentarem formas distintas de leitura e interpretações da realidade, ofertando ao seu leitor uma melhor noção das manifestações sociais e da natureza, como as atividades culturais de uma região ou os índices pluviométricos de um país, estado, cidade ou fazenda.

Portanto, a produção dos mapas temáticos vai muito além da representação das áreas e suas formas, trata-se de reinterpretações dessas para melhor descrever dados e fenômenos. A seguir, os principais tipos de mapas temáticos.

O bioma Amazônia representa um conjunto de diferentes ecossistemas e ocupa grande parte do território brasileiro.
Mapa de Biomas: representam regiões que compreendem grandes ecossistemas constituídos por uma comunidade biológica com características semelhantes.

O bioma Amazônia compreende uma área na qual se encontra a maior floresta tropical do mundo. A Floresta Amazônica estende-se por nove países da América do Sul, sendo sua maior porção localizada no Brasil, ocupando cerca de 40% do território. É o maior de todos os biomas brasileiros. Caracteriza-se pela presença de diversos ecossistemas e por deter grande biodiversidade na fauna e na flora. Esse bioma compreende uma região constituída pela maior bacia hidrográfica do mundo: a Bacia Amazônica.

Clima Equatorial é conhecido como clima de floresta tropical

Mapa de Climas: são mapas que descrevem o clima de uma determinada região ou localidade. Geralmente são usadas escalas com cores para descrever as temperaturas e tipos de climas da região em questão.

As regiões de clima equatorial estão localizadas, como o próprio nome sugere, próximas ao paralelo do Equador, portanto, nas regiões de baixas latitudes (entre 10° N e 10° S). Esse clima está sob o domínio das massas de ar quentes e muito úmidas que circulam no local.

Os locais que estão sob o clima equatorial apresentam temperaturas constantemente elevadas – médias térmicas mensais em torno de 27 °C – e baixa amplitude térmica anual, ou seja, a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima tem pequena variação durante o ano. Isso significa que nesse tipo de clima não há estações do ano definidas (quando encontramos períodos mais frios e períodos mais quentes).

As precipitações são elevadas e bem distribuídas ao longo do ano, com média pluviométrica anual superior a 2000 mm, chegando a mais de 3000 mm nas áreas mais chuvosas.

Mapa de Imóvel Rural onde mostra os Limites dos Municípios de São Félix do Xingú - PA e Cumarú do Norte - PA.

Mapa de Limites: esse mapa é utilizado para indicar a separação de dois municípios, como o limite entre o município de São Félix do Xingú - Pará e o município de Cumarú do Norte - Pará;

O conceito de limite faz referência a uma determinação legalmente estabelecida, uma linha visível ou imaginária que separa dois territórios. Já as fronteiras constituem espaços dinâmicos, fazendo referência às trocas e relações culturais, econômicas, militares, religiosas, entre outras.

O Mapa Pluviométrico indica a quantidade de chuvas numa região num determinado período de tempo.

Mapa Pluviométrico: esse mapa indica o volume (quantidade) de chuvas, que ocorre numa determinada área (cidade, bairro ou região, por exemplo) num determinado período de tempo (dia, mês ou ano).

A pluviosidade é um componente muito importante na composição do clima de uma região. Ela tem grande influência nas temperaturas e índices de umidade do ar das regiões.

O Índice Pluviométrico é uma medição da quantidade de chuvas numa região num determinado período de tempo. Esse índice é determinado pelo Sistema Internacional de Unidade. Neste sistema, 1 milímetro equivale a um litro de água de chuva por metro quadrado.

Esse índice é calculado em milímetros (mm). Por exemplo: o índice pluviométrico anual da cidade de São Paulo é de 1.440 mm.

O índice pluviométrico (pluviosidade de uma área) é calculado com um instrumento de medição meteorológica chamado de pluviômetro.

Mapa Relevo é utilizado para se ter conhecimento do tipo de relevo de determinada área, região,
municipio ou país.

Mapa Relevo: são mapas que representam a superfície física da terra, como as formas de relevo e a hipsometria (as altitudes da terra divididas em cores).

O relevo brasileiro é constituído, principalmente, por planaltos, planícies e depressões. Os planaltos são terrenos mais antigos relativamente planos, situados em altitudes mais elevadas. Destacam-se o Planalto Central Brasileiro, Centro Sul de Minas, Planalto da Amazônia Oriental e os planaltos da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná.

As planícies são áreas essencialmente planas formadas a partir da deposição de sedimentos provenientes de áreas mais elevadas. São as formas de relevo mais recentes no tempo geológico, e no Brasil podemos destacar as planícies do Pantanal, do Rio Amazonas, e as localizadas ao longo do litoral brasileiro.

Já as depressões são uma parte do relevo existente em altitudes mais baixas que as altitudes das áreas adjacentes, inclusive aquelas que se encontram abaixo do nível do mar. Um exemplo é a depressão amazônica.

Também fazem parte do nosso relevo os patamares, tabuleiros, chapadas e serras.

Mapa indicando os tipos de solos existentes em um imóvel rural.

Mapas Solos: um mapa de solos é um documento bidimensional, apresentado em papel ou outras formas e representa uma simplificação da organização espacial do solo nos ambientes naturais. O mapa é uma transposição das entidades naturais relacionadas à geografia dos solos, sendo este um modelo reduzido, com abstrações de acordo com os objetivos. O produtor do mapa (pedólogo), através dos seus conhecimentos e experiências, utiliza-se das convenções para a representação cartográfica do solo, sendo então o mapa científico, cultural, estético e até mesmo emocional.

Apesar da aplicabilidade da informação solo, a comunicação dessa informação ainda é um desafio. Os mapas de solos convencionais são carregados de jargões técnicos, muitas vezes desatualizados e não trazendo consigo a exatidão da informação que neles está representada. Além disso, as resoluções espaciais dos mapas de solos, de várias partes do planeta, são muito pequenas para que possam ser utilizadas em casos reais de planejamento ambiental.

Contudo, o que é de consenso entre os cientistas do solo é a importância do pedólogo e dos levantamentos de campo. A descrição dos perfis de solo é a maior fonte de informação sobre o solo e seu ambiente de formação. O pedólogo é o ator principal dos levantamentos de solos, sendo o profissional que detém o conhecimento do ambiente solo e aquele que irá tomar a decisão sobre as técnicas a serem empregadas para a execução de novos levantamentos.

Mapa de Vegetação: repleto de cores e legendas que facilitam o entendimento do leitor.

Mapa da Vegetação: apresenta informações relacionadas com o tipo de cobertura vegetal de determinado local. Da mesma forma que no mapa físico, ele é repleto de cores e legendas que facilitam o entendimento do leitor.

A vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, na medida em que seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais ou mesmo o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Assim, para o estabelecimento de políticas públicas ambientais em nosso país, tais como a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios de nossa biodiversidade, é fundamental que haja um bom conhecimento acerca do atual estado da cobertura vegetal brasileira.

A vegetação suporta funções críticas na biosfera, em todas as possíveis escalas espaciais. Primeiro, a vegetação regula o fluxo de numerosos ciclos biogeoquímicos (ver biogeoquímica), mais criticamente as de água, de carbono e nitrogênio, além de ser um fator importante nos balanços energéticos. Esses ciclos são importantes não somente para os padrões globais de vegetação, mas também para os de clima. Em segundo lugar, a vegetação afeta as características do solo, incluindo seu volume, sua química e textura, por meio da produtividade e da estrutura da vegetação. Vegetação é também extremamente importante para a economia mundial, em especial no uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, mas também na produção mundial de alimentos, madeira, combustível e outros materiais.

Talvez o mais importante, e muitas vezes esquecido, na vegetação global (incluindo para algumas comunidades) tem sido a principal fonte de oxigênio na atmosfera, permitindo que o sistema de metabolismo aeróbico evolua e persista. Finalmente, a vegetação é psicologicamente importante para o homem, que evoluiu quando em contato direto com a dependência da vegetação, através de alimento, abrigo e remédios.

Fonte: IBGE. Atlas Geográfico Escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p.65

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